A minha experiência de voluntariado na Casa de Saúde das Irmãs Hospitaleiras na Idanha, foi muito significativa para mim. Havia já algum tempo que sentia uma necessidade interior de praticar a Caridade, um chamamento que não podia ignorar e que precisava de redescobrir. Decidi abdicar das minhas férias, mesmo tendo trabalhos académicos para realizar, para me colocar ao serviço dos outros.
Durante os 4 dias de voluntariado, percebi que sou mais feliz ao servir os outros do que ao focar-me apenas em mim mesma. Senti-me verdadeiramente preenchida. A experiência foi enriquecida pela companhia dos meus amigos, com quem partilhei momentos de oração e diversas experiências que íamos vivendo.
Nestes dias, compreendi o motivo pelo qual me sentia mais feliz: nos locais onde há mais pobreza, é onde Jesus se refugia mais; é nos mais doentes que Jesus permanece. Percebi que a verdadeira razão de ter decidido fazer este voluntariado foi porque precisava de encontrar Jesus nos outros, de descobrir a Luz que todos temos e que nos acompanha.
No final desta experiência, pude confirmar que tudo isto é verdade. É possível ver nos olhos dos outros a luz, a esperança, e perceber que Jesus se refugia em nós e principalmente nos que mais necessitam. Esta vivência não só fortaleceu a minha Fé, mas também me mostrou que a verdadeira felicidade está em servir e amar o próximo, ao observar, escutar e demostrar afetos pelo próximo.
Com isto, deixo esta frase que, para mim, resumiu este voluntariado: “Abre, Senhor meus olhos à Luz da Tua presença, apaga a noite e guia os meus passos perdidos. Que não seja mais surda a minha alma a toda voz de quem sofre, mas que eu leve a luz do teu Reino a cada irmão que suspira.“
Beatriz Rodrigues
Sou o seminarista Terêncio Camala, tenho 19 anos, e venho dar um testemunho sobre a minha experiência na casa de saúde das Irmãs Hospitaleiras da Idanha.
Eu fui para responder ao meu desejo de servir e amar os outros. Eu e o meu grupo de amigos fizemos 4 dias marcantes para as nossas vidas ao serviço do próximo. Na verdade, poder estar naquela casa agradou-me bastante. O ambiente é muito acolhedor, de tal maneira que ao estar naquela casa me sentia confortável e enriquecido na fé. Agradecido por tudo, fui ao encontro dos utentes, interagindo e comunicando com eles. Ajudei particularmente na alimentação, dancei com eles, cantei com eles, ajudei-os a ir à missa, rezei com eles, fiz dinâmicas com eles e ouvi histórias marcantes sobre as suas vidas passadas, histórias com grandes lições sobre a vida. Neles vi a pureza e a delicadeza do ser Humano. Ao mesmo tempo pude escutar as suas dificuldades e isso permitiu-me crescer em caridade e refletir sobre a vida.
Tive a oportunidade de servir e amar.
Digo-vos mais, neles eu pude ver e servir nosso Senhor Jesus Cristo porque servindo a eles simultaneamente posso servir o meu Senhor. Por isso agradeço esta lição que me mostrou a Humanidade de Cristo Jesus.
Agradeço à Irmã Fernanda pela paciência que teve connosco mas principalmente por ela aceitar a proposta inicial permitindo que tudo tenha sido possível. A experiência com certeza ficará para sempre marcada nos nossos corações.
Terêncio Camala
Na Casa de Saúde das Irmãs Hospitaleiras, vivi dias de grande dedicação e superação. No início, confesso que não me sentia útil, mas, com o tempo, habituei-me e consegui ajudar de forma mais eficaz, além de aprofundar o meu conhecimento sobre os doentes. Foi profundamente emocionante reconhecer a fé presente nas pessoas da minha unidade, sobretudo ao perceber o quanto desejavam assistir à Missa. Estes dias foram uma experiência enriquecedora, que me permitiu aprender e crescer na fé, lado a lado com os doentes, com os meus amigos e com a Irmã Fernanda.
Mariana Figueiredo
Fazer voluntariado na Casa de Saúde da Idanha (Irmãs Hospitaleiras) pareceu-me uma ideia muito desafiante e realmente no primeiro dia foi. Com o passar do tempo, à medida que me permitia participar de corpo e alma nesta experiência, pude conhecer melhor cada um dos doentes da minha unidade, algumas das suas vivências, as suas particularidades, os seus gostos e por aí fora. Esta experiência ajudou me a ser ainda mais solidária com o próximo (ao ajudar os doentes e ao conversar com eles pude ver que cada um deles tem a sua própria história e são muito para além do que vemos no exterior) e a aproximar-me da fé (ao ter uma rotina de orações e conhecer mais sobre o mundo religioso, especificamente sobre o catolicismo). Além do tempo que passei com os doentes, gostei muito do tempo que passei com o grupo e com a irmã Fernanda, cada um trouxe um novo aprendizado à minha vida. Eu estou muito agradecida pela casa ter nos recebido tão bem, pelo apoio da irmã Fernanda e pela companhia do grupo.
Carla Brito
Este é o meu testemunho de como e quão impactado eu fui pela dedicação, pela honra e pelo prazer que vi em pessoas que decidiram dedicar suas vidas ao cuidado dos outros.
Nos dias 27 a 30, eu, alguns amigos e amigos de amigos decidimos participar do programa Juventude Hospitaleira, onde descobri mais um significado de amar ao próximo, como disse Jesus (Mt 22:39). Isso foi demonstrado através da Hospitalidade. Aprendi a ver Jesus em pessoas que a sociedade talvez considerasse “menos importantes” ou “menos dignas”. Aprendi a enxergar a pessoa de Jesus em pessoas improváveis, o que me fez compreender e reaprender o verdadeiro significado de amar.
Não sabia que um simples “olá”, um toque ou um “bom dia” dito com um sorriso cheio de ternura e energia poderia mudar o dia de alguém.
Agradeço às irmãs por me ensinarem tanto em tão pouco tempo e aos enfermeiros pelo trabalho diário que realizam. Creio que definitivamente os visitaremos novamente.
Cátio Mendonça